quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Candeia (Batuqueiro)


Batuqueiro
Abre a roda moçada que o samba é pesado
Sim meu senhor
Batuqueiro que é bamba não é derrubado
Sim meu senhor
Se cair se levanta de bico calado
Sim meu senhor
Batuqueiro de roda não fica sentado

Quem sai com chuva vai se molhar
Quem vai pro samba vai pra sambar
A batucada já começou
O samba é duro, mas sambar eu vou

Abre a roda moçada que eu vim da favela
Sim meu senhor
Sai da porta menino e não abre a janela
Sim meu senhor
Esse samba é pra homem, não é pra donzela
Sim meu senhor
O Marçal está pensando, esperando por ela

Abre a roda moçada que eu vim da favela
Sim meu senhor
Levo para a comadre uma rosa amarela
Sim meu senhor
Venho lá de Mangueira, ainda vou na Portela
Sim meu senhor
E o nêgo comendo farofa amarela
Sim meu senhor
Quero ver a comida que tem na panela
Sim meu senhor

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Walter Rosa





Segundo Rio que passou

Meu povo não é tão cego assim
Para não ver os pontos que a comissão negou
Foi como se fosse à vida da Portela
Um segundo rio que passou
Foi como se fosse à vida da Portela
Um segundo rio que passou

É banalidade, é banalidade
Minha Portela mostrar carnaval na cidade
Saudando o povo, ela é do povo
E no futuro nos aplaudirá de novo

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Candeia (Conselho de vadio)


CONSELHO DE VADIO

Se queres ser minha, Iaiá,
Tens que abandonar orgia
Pra gozar de boa vida em minha compania
Mais tarde lhe direi então
Conselhos de vadio é bom
Ó vem se quer, linda mulher...

Esta mulher é teimosa
E gosta de trapalhada
Quando ela vai para o samba
Só volta de madrugada!

Te avisei, Mano Alvarenga
Deixa essa mulher pra lá
Ela briga, ela bebe, ela fuma, ela xinga
Não pode ser a dona do teu lar!

(REFRÃO)

O homem da boemia
Ele faz tudo que quer
Mas também se apaixona
Por um amor de uma mulher

Esta nega ja foi minha, meu camaradinha
E aconteceu:
Não quis ir para a cozinha
No primeiro dia o nosso amor morreu!
(REFRÃO)

Ô, meu cumpade, Candeia
Esta mulher já foi bela
Conheci essa cabrocha
No ensaio da Portela
Eu não quero essa mulher, Alvarenga
Nem na coberta de ouro
Ela é dose pra leão
É a imagem do cão
É um chifre pra touro
(REFRÃO)