terça-feira, 30 de julho de 2013

Candeia (Outro recado)


Outro recado
(Candeia e Casquinha)
Canta:  Pastoras

O recado
O recado que mandei a ela, eu diria francamente,
O nosso amor chegou ao fim.
Mas repercutiu profundamente em meu subconsciente,
Pois não podia ficar assim.
Preferi lutar heroicamente,
Mas não contrariar ao meu amor


Nada importara, o que essa gente vier falar
fortes são aqueles que sabem perdoar 


Se ela errou,
Quantas vezes errei também.
Nenhuma satisfação dava a ninguém.
Se existe por ai, quem jamais errou,
Atire a primeira pedra, pois nunca pecou

domingo, 28 de julho de 2013

Alvaiade (Meu trabalho)


 

Meu trabalho
(Alvaiade e Alberto Maia) 
Canta:  Ciro Monteiro
 
Moço
Meu trabalho é pesado como o que
Moço
Meu batente é duro de doer
 
Levanto cedo vou pro meu trabalho
Vivo contente procedendo assim
Além dos filhos que deixei em casa
Tem uma dona que cuida de mim
 
A minha mão é toda calejada
Trabalho muito no cabo da enxada
A minha vida não é sopa não
São 8 bocas me pedindo pão

sábado, 27 de julho de 2013

Mauro Duarte e Elton Medeiros (Maioria sem nenhum)

 
Maioria sem nenhum
(Mauro Duarte - Elton Medeiros)
Canta:  Elton Medeiros

Uns com tanto
Outros tantos com algum
Mais a maioria sem nenhum


Esta história de falar em só fazer o bem
Não convence quando o efeito não vem
Porque somente as palavras não dão solução
Aos problemas de quem vive em tamanha aflição


Uns com tanto
Outros tantos com algum
Mais a maioria sem nenhum


Há muita gente neste mundo estendendo a mão
Implorando uma migalha de pão
Eis um conselho pra quem vive por aí a esbanjar:
Dividir para todo mundo melhorar

Candeia (Os lírios)


PORTELA - Samba de Terreiro


sexta-feira, 26 de julho de 2013

Zé Ketti


 
Madrugada
(Zé Ketti)
Canta:  Maria Creuza
 
A mulher só vive a reclamar
Que eu não tenho hora pra chegar
Sou boemio, tenho que beber
Nunca estou em casa pra jantar
Ela diz que qualquer dia vou morrer
Sou da noite, a noite é toda minha
Tenho um compromisso com a lua
Minha vida é andar na boa
A cantar para os amigos meus
Na esquina ou no botequim
A deus nosso senhor lembrar de mim
Madrugada é a minha companheira
manhece eu estou na brincadeira
Vou pra casa, vou dormir, vou descansar
A noite chega, me pede pra voltar

Velha Guarda da PORTELA


Seu Jair do Cavaquinho


 
Francamente
(Jair do Cavaquinho e Ari Araújo)
 
Francamente, eu estou encabulado
Ando triste, preocupado
Sem saber o que fazer do coração
Sei que estou perdidamente apaixonado
Por estes olhos vidrados de amor e de ilusão
Um negro brilho de amor
Num rosto triste, amargurado
Eu deslumbrei quando lhe vi
E me perdi, apaixonado
O teu sorriso juvenil a mim fez enfeitiçado
Não é possível tanto amor me ser negado.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Wilson Moreira


 
Deixa clarear
(Wilson Moreira)
Canta: Clara Nunes
 
Ainda é madrugada
Deixa clarear
Deixa o sol vir dourar os cabelos da aurora
Deixa o dia lá fora
Cantar a canção dos pardais
É cedo, meu amor
Fica um pouquinho mais
Ainda é madrugada
Chega mais pra cá
E espera clarear
 
Deixa que o sol nos encontre no ato do amor
E chorando de inveja
Vá morrendo de dor se por
Só quando a lua no céu se deitar pra dormir
No seu leito de estrelas
É hora de ir, de ir
 
Mas quando o sol se ofuscar na luz do teu olhar
É melhor outra vez esperar clarear, clarear
 
Ainda é madrugada
Deixa clarear
Deixa o sol vir dourar os cabelos da aurora
Deixa o dia lá fora
Cantar a canção dos pardais
É cedo, meu amor
Fica um pouquinho mais
Ainda é madrugada
Chega mais pra cá
E espera clarear

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Paulo da PORTELA e Lincoln


 
Conselho
(Paulo da PORTELA e Lincoln)
Canta:  Casquinha

Paulo da PORTELA


 
Orgulho, hipocrisia
(Paulo da PORTELA)
Canta: Clementina de Jesus
 
Orgulho, hipocrisia, vaidade e nada mais
São três coisas que em menos de um segundo se desfaz
O mundo é mesmo assim, cheio de ilusão
Na arte de convencer meu coração
 
A vida mal vivida é ilusão
Vaidade nunca fez bem a ninguém
É tudo hipocrisia, orgulho e nada mais
a vida que passou não volto atrás

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Walter Rosa e Silas de Oliveira

 
Legado de Getúlio Vargas
(Walter Rosa)
 
Entristecido
Pelo rude golpe que sofreu
O povo brasileiro
Presta sua homenagem comovido
Ao grande patriota que morreu
Getúlio Vargas
Que relembramos com amor
Sua voz meiga nunca mais se ouviu
Falando ao povo sofredor
Trabalhadores do Brasil
Foi em 1930
À frente da revolução
Getúlio Vargas assumiu
A presidência do Brasil
Era um tempo novo que se abria
E o desenvolvimento industrial
As leis trabalhistas ele cria
E a previdência social
Eram tempos de conquistas
E de grande agitação pelo poder
De 32 a 37 aquele estadista
Reprimiu os comunistas e integralistas
Mas não há quem esconda
Seu valor de idealista
Basta falar em Volta Redonda
Basta falar na Petrobrás
Símbolos vivos dos anseios nacionais
Em 45
Getúlio Vargas foi deposto
Por um golpe militar
Para voltar em 51 ao mesmo posto
Nos braços do povo
Eleito pelo voto popular
Lá, larala, larala
Larala, laralara
Na última etapa de seu governo
Getúlio enfrentou o inferno
E a incompreensão
Sob a fúria assassina
Das aves de rapina
Que queriam o ouro e o sangue
Da nação
Ofendido e humilhado
Pelo próprio povo abandonado
Getúlio já na solidão
Coberto de calúnias e de glórias
Meteu uma bala no coração
Saiu da vida para entrar na História
E daquela carta derradeira
O povo fez sua bandeira
Na luta pela emancipação
Onde ele afirma muito bem
"O povo de quem fui escravo
Jamais será escravo de ninguém"
Lá, lara, lara, larala
Larala, larala, larala, lá
 
 
Nota:
Este samba foi feito por Silas de Oliveira e Walter Rosa para a peça Dr. Getúlio, sua vida e sua glória, de Dias Gomes e Ferreira Gullar. A letra, que recebeu contribuição do poeta Ferreira Gullar, era baseada no testamento político de Getúlio Vargas. No entanto, essa redescoberta e utilização de samba de morro em teatros voltados para consumo mais sofisticado não cativaram Silas e, depois dessa experiência, ele não retornou a tal tipo de atividade. Essa música estava inédita desde a década de 60, guardada quase exclusivamente na memória de Walter Rosa, sendo esta - a rigor - a primeira gravação da música.
[Nova História da Musica Popular Brasileira – Silas de Oliveira / Mano Décio da Viola, fascicolo + disco, Abril Cultural, seconda edizione, 1978]

Walter Rosa

 
Segundo rio que passou
(Walter Rosa)
Canta:  Walter Rosa

Meu povo não é tão cego assim
Para não ver os pontos que a comissão negou
Foi como se fosse à vida da PORTELA
Um segundo rio que passou


Foi como se fosse à vida da PORTELA
Um segundo rio que passou


É banalidade, é banalidade
Minha PORTELA mostrar carnaval na cidade
Saudando o povo, ela é do povo
E no futuro nos aplaudirá de novo

domingo, 21 de julho de 2013

Walter Rosa


 
A timidez me devora
(Walter Rosa)
 
Luzes, fantasias e serpentinas
Papeizinhos coloridos
Carnaval
Amores se renovam a toda hora
Alegria parte e vai embora
Carnaval
Então porque somente eu
Não tenho o direito
Aos folguedos próprios da idade aproveitar
 
A timidez me devora
Favorece a tristeza que invade o meu lar
 
Neste mundo onde me perdi
Não quero me encontrar
Se é pecado que peço meu Deus criador queira me perdoar
Se eu voltasse a gozar com euforia
Todos os prazeres da vida
Óh que bom seria

Candeia e Walter Rosa


 
Peso dos Anos
(Candeia e Walter Rosa)

Sinto que o peso dos anos me invade
Vejo o tempo entregar à distância
A minha mocidade
Oportunamente partirei
Abandonando as coisas naturais
Mas deixarei saudade, eu sinto...


Muita gente há de sentir
Os afetos que ofertei
Os meus beijos hão de ficar
Nos lindos lábios que beijei
Quero risos de alegria
Quero ouvir minhas canções
Aos acordes de plangentes violões.

Walter Rosa


 
O pior é saber
(Walter Rosa)

Eu não esperava você agora
Só muito mais tarde ou nunca mais
Não me venha dizer o que lhe aconteceu lá fora
Sua ingratidão torturou por demais meu peito


O pior é saber
Que você ainda em mim tem direito


Direito em mim
Que estou falando é diferente
Darei casa, comida
Serei prestativo se estiver doente
Mas meu calor jamais lhe aquecerá
Quem passou o que eu passei
Não pode mais perdoar, não pode mais perdoar

Manacéa


 
A natureza (Manacéa)
 
Quando a natureza se aborrece,
Toda a beleza na terra desaparece,
O céu todo escurece
A chuva logo desce
Mas isto desaparece
Quando o sol se resplandece
Os raios de sol logo descem
Clareando todo universo
 
Faz sorrir, a natureza
Despertando
Toda a sua beleza
Oh! Que riqueza e faz sorrir
 
És tão linda natureza
Que nem sei te divulgar
Sei que tu és a rainha
Da beleza.

Alvarenga


 
Fica de lá
(Alvarenga)
Embriagar por causa de mulher, não
Deixa ela voltar, também não
Fica de lá que eu fico de cá
Pra ver quem vai ser mais feliz
Assim o nosso destino quis
Esta glória de me ver embriagado não lhe dou
Queres rir de alegria deste amor
És a dona do meu sofrimento (sai pra lá)
Cantas por me ver chorar
Choras por me ver cantar

sábado, 20 de julho de 2013

Chico Santana e Argemiro (Tudo mudou tão de repente)


 
Tudo mudou tão de repente
(Chico Santana e Argemiro)

Tudo mudou tão de repente
Sozinho estou novamente
Faz muito tempo que procuro
E não consigo encontrar
Alguém que me faça feliz
E me saiba amar

Eu não sei se é meu destino
Desde os tempos de menino
Vivo sofrendo assim
Eu não fui feliz com meu primeiro amor
Trago no peito essa grande dor
Por que sofro tanto assim
Minha cruz é tão pesada
Oh Deus tenha pena de mim.

Chico Santana


 
Silêncio
(Chico Santana)
Silêncio
É o que resta para mim
Desde que você partiu
A minh'alma jamais sorriu
O meu peito soluça
E os meus olhos não querem ter,
Nenhuma lágrima
Porque...
Mas se meus olhos chorassem
Talvez aliviassem
Este tormento de dor
Quem sofre é meu coração
Guardando esta paixão
De um sofrimento de amor

Rufino


 
Falam de mim (1928)
(Rufino)
Canta:  Alcides Malandro Histórico

Picolino e Monarco (Secretário da Escola)


 
Secretário da Escola
(Picolino e Monarco)
 
Secretário da Escola
Presidente mandou
Formar os batuqueiros
E as pastoras também
Vamos batucar para ensaiar
Porque no concurso tem o último lugar
E desse jeito somos nós quem vamos tirar
 
Avisa ao Diretor de Bateria
E ao Mestre de Harmonia
Que este ano muita coisa vai mudar
Viemos lá do grupo de acesso
Com a ordem e o progresso
Ninguém vai nos derrubar
Senhor Secretário da Escola,
Meu bom Diretor
Pede às nossas pastorinhas
Pra cantarem com fervor
E vamos para a luta sem ter medo
Que o nosso samba enredo
É Paulo da PORTELA, nosso Professor.
 
 

Alberto Lonato, Lincoln e Chico Santana


 
Gozei dos teus carinhos
(Alberto Lonato)
Eu gozei dos teus carinhos enquanto eu pude gozar
Tu me deixaste no abandono, que bem que importa?
Já tenho outra que ocupou o teu lugar
Ô, eu fiz tudo para ter você comigo
Com você eu não fui rude, sempre fui um bom amigo
Eu não entendi quando deste a despedida
Se eu não sorri, não fiquei de mal com a vida
Mandei recados
(Lincoln)
Mandei recados e você não me atendeu
Mandei-lhe flores e você me devolveu
Agora mando com ternura e emoção
Esta mensagem em forma de canção
Ouça o que tenho a lhe dizer com atenção
Uma nova vida nos espera, coração
Aceite as flores e procure compreender
Que vivo me guardando pra vocêw
Já te esqueci
(Chico Santana)
Amor, para que mentistes, uma vez fugistes
Isso tudo eu esqueci.
Agora, vai, me deixa em paz
Para nunca mais, eu já esqueci de ti
Hoje, tu voltas chorando,
Implorando o meu perdão
Eu não sou Deus para lhe perdoar,
Não adianta chorar.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Paulo da PORTELA (Ópio)

 
Ópio
(Paulo da PORTELA)
Canta:  Casquinha e Velha Guarda da PORTELA

Casquinha (Cantor de sacola)


Cantor de sacola
(Casquinha)
Canta:  Casquinha
Antigamente, quando o samba era mais devagar
Eu chegava e podia cantar
Os sambinhas que eu faço, sem pretensão
Mas, hoje em dia, a ambição de gravação
Eu chego, fico sentado num canto
Quero cantar e não me deixam, não ( já descobri a razão )
Mas, doravante, vou bancar o ignorante
Vou chegando, quero cantar, seja lá em qualquer tom
Porque pra isso levo comigo Osmar do Cavaco, mulato de fato
E Jorge da Conceição, que é o rei do violão
Então eu vou cantar até em tom sustenido
Sem ferir o ouvido de quem estiver a mês escutar
Todos dirão, que voz tão bela
Não podia ser de outro, trata-se de Casquinha da Portela
Então eu volto a cantar com todo o prazer
Mas não ficarei ofendido se ouvir alguém dizer
Sai fora daí, ó seu cantor de sacola
Se ainda sobrevive é graças ao Paulinho da Viola

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Hernani Alvarenga


Paulo da PORTELA (Pout-pourri)

 
Tudo passa, O grande fingimento, Vem oh linda e Vou navegar
(Paulo da PORTELA)
 
 

Paulo da PORTELA (Para que havemos de mentir)


 
Para que havemos de mentir
(Paulo da PORTELA)
Canta: Monarco e a Velha Guarda da PORTELA

Para que havemos de mentir
O subúrbio está é bom,
Venham ver, não é história
Se por ventura estou errado
Dou a mão à palmatória


Esse samba era do professor,
Já dizia que o subúrbio sempre teve o seu valor
Ô Mestre Paulo ouve o nosso samba-prece
Podes crer que a Velha Guarda até hoje não te esquece


Paulo estava no apogeu
O que a Velha Guarda sabe, foi com ele que aprendeu.
A Portela no tempo do Paulo
Tinha Alvarenga, Alcides e Ventura.
Ainda tem a Tia Vicentina, ó que bela criatura

terça-feira, 9 de julho de 2013

Manacéa


 
Minha querida
(Manacéa)
Canta: Manacéa e Áurea Maria

Eu bem sei que serà meu fim
Se Deus qualquer hora
Tirar você de mim
Toda minha alegria vai encerrar nesta terra
Eu sem você jamais terei o prazer de viver
Eu bem sei

Eu imploro ao criador
Que não separe de mim este grande amor
Sem você , minha querida
Jamais terei alegria na vida

Agepê


 
Coisas da PORTELA
(Agepê - 1984)

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Paulo da PORTELA (Tu me desprezas)


 
Tu me desprezas
(Paulo da PORTELA)
Tu me desprezas
Tu me abandonas
Tens o prazer de mer abandonado
Não faz mal
Oh meu benzinho
O mundo gira
E na virada ainda te espero com carinho.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

PORTELA coquetel de sambistas (Chico Santana)

 


Portela Coquetel de Sambistas (Chico Santana)

Portela
É um coquetel de artistas
É um comitê de sambistas
Seu valores não tem fim
Suas pastoras formosas
Colhendo flores cheirosas no nosso jardim

Lá na Portela não tem General da Banda não
Nem tampouco jequitibá
Tem uma mocidade louca
Não é bafo-de-boca
Que derruba devagar

quarta-feira, 3 de julho de 2013